quarta-feira, 7 de abril de 2010

Nem muito, nem pouco, apenas o suficiente.

Não desejei demais, nem pedi várias vezes a mesma coisa nos sopros de vela em cada ano que se passou, e tão pouco desisti rápido daquilo que eu julgava necessário e importante. Afinal existem regras que fazem parte do jogo e que não devem ser quebradas, persistir sempre, insistir nunca, é uma delas. Apenas pensei, divaguei, sonhei de modo que meus pensamentos fossem suaves o suficiente para serem levados pelo vento, para as mais longínquas e distantes terras, e que com ele permanecessem até eu me tornar digna das recompensas que a vida havia me privado enquanto eu não fosse madura o suficiente para aceita-las como um presente, uma benção, ou qualquer outro sinônimo, como o retorno, de tudo aquilo que sobre um bolo de 12 anos um dia eu pedi.
Não me tornei uma astronauta, nem sei direito se eu realmente queria, não conheci a Austrália, Deserto calor, talvez não rolasse, eu devia ter desejado as Filipinas, não ganhei a casinha completa da Barbie, até hoje ser dona de casa não é meu forte, e tão pouco tive todos os cachorros que eu gostaria, e olha que eu tentei. Mas sou o que me orgulho de ser, já dizia Coco Chanel , Eu já não sou o que era: devo ser o que me tornei, e tenho o suficiente para o que preciso.
Comida o suficiente para precisar de um regime. Amigos o suficiente para me sentir segura. Família o suficiente para me sentir amada. Trabalho o suficiente para me sentir importante. Amor o suficiente pra me sentir maluca. Risadas o suficiente para me doer a barriga. Choro o suficiente pra deixar meu olho verde. Palavras o suficiente para não dizer nada. Abraços o suficientes para me doar. Frases soltas sem sentido, o suficiente para me fazer desabafar.
E é isso que eu gosto, é disso que eu sei brincar, é isso que eu sei fazer. Nem sempre fui, na real acho que nunca, a queridinha da sala, a pop no mIRC, e bah! De coração?! Pouco me importa... sabe por que? Porque é isso que faz desta maluca que acha que escreve alguma coisa, capaz de ser suficientemente diferente.